sexta-feira, 25 de novembro de 2011

cheia de memórias.

Eu ainda queria fazer parte da tua vida, do teu cotidiano. Ouvir você me contar como foi seu dia. Te abraçar, beijar, segurar sua mão. Tentar decifrar o que os teus olhos estão dizendo. Te criticar, irritar, ouvir você dizer o quanto eu sou complicada, e sorrir mesmo mal humorada por alguma coisa boba que você fez. Todas as noites eu sonho com você. Mas não posso ligar e contar como foi bom, ou como eu fiquei com medo. Não vou ser surpreendida com uma mensagem no meio do dia, aquela mensagem que alegrava cada pequena parte de mim. Choro ao ouvir as músicas que me lembram você. Quando assisto aquele filme sorrio com saudade, sentindo sua falta, sabendo que não vou ter você aqui comigo. Passo todos os dias pelo caminho que fazíamos juntos, e me torturo com lembranças que nunca voltarão. Ainda não descobri como tenho forças pra levantar e respirar todos os dias sabendo que quando nos encontrarmos você não vai nem tentar falar comigo. E mesmo quando conversamos nossas conversas não passam de três frases. Não tem mais as brincadeiras e as bobeiras que me faziam sorrir, não tem mais alegria. Não tem mais ‘nós’! Daqui pra frente somos ‘você’ ‘eu’ cada um numa estrada. Estou tão cheia de memórias que às vezes penso que elas sempre vão me perturbar. Ainda há muitas coisas por dizer, ainda preciso te ver e ouvir você dizer adeus. Entenda, eu não vou me conformar se terminar assim. Vai sempre faltar alguma coisa. Vai sempre haver essa falta de ponto final. Vai doer sem parar, sem remédio.

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